A visita ecológica científica, realizada no sábado (2) na Pedreira da Voldac, animou e encantou os participantes com trilhas, palestras e limpeza do entorno do maciço rochoso de Volta Redonda. A atividade ganhou também um tom celebrativo, tendo em vista dois fatos referentes à data, o dia 4 de outubro. Nesta data, o mundo inteiro celebra o dia dedicado a São Francisco de Assis, e na mesma data, em outubro de 2019, Fernando Pinto, biólogo e coordenador da equipe ambiental fez o registro oficial da coruja, o Jacurutu, a maior coruja do Brasil, residente na Pedreira da Voldac. A referência à data, ganhou entre os visitantes simbólica e inspiradora motivação.
— Todos nós da equipe Recriar ficamos encantados (as) com o local, e ao sair daqui carregamos a sensação, em parte do dever cumprido como cidadãos, e principalmente por conhecermos um espaço tão magistral. Apoiamos a proposta de transformar o local em Monumento Natural, já encaminhada ao Poder Público, assim o local ganha uma dimensão social, educacional e científica diferenciada —, comentou Nathiely.
Dentre os participantes, esteve presente o Matheus Henrique, academico de geologia pela UFRRJ, que, atualmente, realiza seu trabalho de conclusão de curso com referência à Pedreira da Voldac, com foco na geodiversidade e na sua finalidade sociocientífica.
“Embora o local tenha sofrido intervenção humana, a Pedreira guarda um legado exuberante. Meu estudo surgiu quando soube da proposta do Movimento de propor transformar o local em Monumento Natural, senti-me provocado a olhar no prisma da geodiversidade do local e fazer uma inventariação para traçar estratégias na linha da geoconservação. A ideia é pontuar elementos que favoreçam à comunidade, pois a cidade historicamente explorada, e até exaurida em alguns aspe888ctos ambientais pode recuperar e oferecer algo novo no espaço, que sirva à população com roteiro turístico, educacional e científico.”, relatou Matheus.
DEPOIMENTOS
— Eu senti uma renovação, ainda mais que tive uma semana muito agitada, e ao entrar aqui revigorei-me. Lamentei o fato de ter colhido lixo no local. Confesso, me sentiria melhor se não tivesse que fazer isto. Acredito que podemos nos articular mais para proteger para local, e cobrar dos diferentes grupos de interesses, como o poder público, que aliás tem orçamento para tal, também as organizações privadas, que causam e\ou já causaram impactos no local e outros segmentos da sociedade civil, juntos cuidar do espaço tão bonito. , comentou Vivian Magalhães, engenheira ambiental.
“Foi um descobrimento estar aqui com o MEP-VR, em um local que já é um monumento da cidade, estamos saindo daqui conhecimento e lamentavelmente com muito lixo recolhido. Meu compromisso a partir de agora é defender o local, difundir os conhecimentos adquiridos e recomendo que visitem o local, mas com todo cuidado e recolham o lixo gerado. Por fim, fica claro que é urgente o reconhecimento por parte do Poder Público da área como de fato um Monumento Natural.”, externou Karine, do Projeto Recreiar e da Sala Verde da UNIFOA.