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MEP lança mapa de monitoramento de queimadas em Volta Redonda

Com a chegada da estação Primavera, membros da equipe ambiental do MEP aguçam seus olhares às recentes e crescentes queimadas em Volta Redonda. A partir de relatos de moradores e também notícias dos jornais e TV, foi realizado um mapeamento da incidência de queimadas em diferentes bairros de Volta Redonda, ocorridas entre junho e setembro de 2020. O mapeamento tem caráter informal e pedagógico, a considerar que dados mais apurados podem ser apurados no INPE. Christian Leandro Machado, acadêmico de geografia (CEDERJ) e professor voluntário no Pré-Vestibular Cidadão do MEP, elaborou o mapa das ocorrências de incêndios em VR para dar ‘visibilidade pedagógica’ ao fenômeno (cf. foto capa).

“Há uma incidência preocupante, em especial para as áreas no entorno da Pedreira da Voldac e também na Arie Floresta da Cicuta, uma espécie de alerta vermelho” – observou o futuro geógrafo. Os efeitos dos incêndios em vegetação tanto nas áreas agrícolas como nas urbanas são danosos. Fernando Pinto, doutor em Ecologia, membro do coletivo ambiental do MEP observou: “Na antiga Pedreira da Voldac vive a coruja gigante (Jacurutu), o maior rapinante noturno do Brasil, e outras dezenas espécies já catalogadas, sem falar da importante flora local. Embora ainda não tenhamos dados concretos, as recentes queimadas nas bordas do maciço rochoso e região, podem ter causado sérios danos, é preocupante”.

O MAPEAMENTO E AS POSSIBILIDADES DE PREVENÇÃO
“O cenário é desafiador para todos nós, em especial para o poder púbico. Contudo, é necessário traçar estratégias para evitar o avanço das queimadas, e também trabalhos preventivos, para evitar incêndios criminosos ou espontâneos, devido à forte estiagem”, alertou Sílvia Real, coordenadora da equipe, ao receber o mapa.

Como indicadores preventivos, a eng. florestal e especialista em gestão florestal, Dandara Maria, ex-aluna do MEP, elencou algumas orientações:

1. Trabalho permanente de educação ambiental;
2. Manter atualizado o ‘mapa de monitoramento das queimadas’ e criar vigilância que envolva o Corpo de Bombeiros e PMVR, em especial para o período de estiagem;
3. Estruturar no município ‘brigadas voluntárias’;
4. Atentar para preservação e recuperação de espaços abandonados, criando possíveis projetos de recuperação, por exemplo a transformação da Pedreira em Unidade de Conservação;
5. Plantios de árvores, entre outras ações na medida da interação com a comunidade.” Sugeriu a engenheira, nascida em Volta Redonda.

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1 comentário em “MEP lança mapa de monitoramento de queimadas em Volta Redonda”

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