A Defensoria Pública da União em Volta Redonda (DPU), em especial nesse tempo de pandemia segue atendendo o público necessitado. Via de regra por e-mail e telefone, para os casos urgentes, a exemplo de tutela de saúde, prisão, perecimento de direitos, etc., se necessário o atendimento é presencial. Informou Dr. Cláudio Santos, coordenador da DPU em VR.
Ana Carla Nery, mãe de adolescente, com síndrome e autista, assistida pela Defensoria, declarou sobre a nova modalidade de atendimento:
“Incrível a atenção da DPU, mesmo antes da pandemia, desde a primeira vez que a procurei fui muito bem acolhida e atendida. Pasme! Com o isolamento ligaram, enviaram mensagens para saber como estava a medicação de auto custo da minha filha. Só tenho a agradecer pelo que fazem, e defender a DPU, que é para todos.”
Dr. Cláudio Matos, ao comentar sobre a pandemia e o trabalho da DPU ressaltou a dinâmica da desigualdade social do Brasil:
“Por um lado, a pandemia vem escancarar a realidade da desigualdade social que envergonha historicamente nosso país. Por outro, é indiferente com relação à contaminação, atingindo a todos indistintamente. A COVID-19 é uma doença grave, não é uma ‘gripezinha’ ”.
Na sequência traça uma narrativa com contrapões as visões ‘negacionista’ em relação ao isolamento social.
“A solução científica é isolamento social. É isso que recomenda a OMS – Organização Mundial de Saúde e quase totalidade dos cientistas e profissionais médicos.”. Lembrou o Defensor Federal.
Dr. Claudio, que com sua equipe atende os municípios da região Sul Fluminense e também de Angra dos Reis até Paraty, destacou a dimensão imposta pela economia de mercado e a desigualdade social:
“Esse novo cenário mundial revela o avesso do modo de vida imposto outrora pelo mundo globalizado, de economia globalizada, isto é, temos que desacelerar; é preciso parar, ficar em casa se pudermos. A ordem econômica atual não apresenta solução para essa nova realidade. Mas, o Estado que estrutura a saúde pública é uma das respostas eficazes; a resposta imediata e humana. Para além dessa resposta estatal, não seria também esse o momento para a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, com a erradicação da pobreza, da marginalização e redução das desigualdades sociais. O futuro trará respostas para essa e outras reflexões. Contudo, proteger a vida, fortalecer a prestação universal dos serviços públicos como a saúde, além de zelar pelo meio ambiente pode indicar um caminho a seguir”.
Colaboração: José Maria da Silva, Zezinho; Davi Souza, conselheiro no MEP e acadêmico de Direito na UFF