Curva do Rio Volta Redonda

Volta Redonda: Uma Cidade Histórica e Universitária (Ensaio III)

Dando continuidade às reflexões iniciadas nos ensaios anteriores sobre o tema “Volta Redonda: Cidade Universitária”, e aproveitando o marco dos 71 anos do Município, apresenta-se o Ensaio III, que busca aprofundar o debate sobre os rumos educacionais, históricos e socioeconômicos da cidade.

Em 2021, em meio à efervescente e desafiadora conjuntura política nacional, o MEP-VR, por meio de seus colaboradores e parceiros, lançou os primeiros dois ensaios sobre o tema, publicados em agosto e setembro daquele ano (cf. Ensaio I e Ensaio II). Os textos suscitaram importantes contribuições de articulistas, com análises plurais sobre o papel crescente do setor educacional e de serviços no desenvolvimento da cidade. Alguns relatos, inclusive, questionaram se Volta Redonda estaria, de fato, consolidando-se como cidade universitária ou se o protagonismo ainda estaria ancorado em outras matrizes econômicas. No entanto, o movimento de transformação é inegável: ao lado de seu legado industrial, Volta Redonda vem incorporando, de forma cada vez mais evidente, o protagonismo do conhecimento, da pesquisa e da formação profissional.

Este terceiro ensaio reafirma o compromisso do MEP-VR com o debate público sobre o futuro da cidade. A partir da escuta de jovens — especialmente da terceira geração de nascidos em Volta Redonda — é possível perceber uma nova visão sobre a cidade: um desejo crescente de reinventá-la para além do aço, conectando sua rica história ao potencial transformador da educação.

Considerações

A ideia é seguir com a reflexão nos ensaios, abertos às críticas e às proposições. Para dar um tom mais participativo e construtivo, trazemos a contribuição de Érique Barcelos, professor de Filosofia do Pré-vestibular Cidadão, que oferece um olhar de reconhecimento histórico-político da cidade e chama atenção para uma dimensão pouco abordada: o letramento político-classista. Segundo ele: “Os jovens, em meio às falas dicotômicas, estão envolvidos num processo de descolamento da realidade, uma visão ‘turva’ do que é a cidade e em qual projeto estamos inseridos. Aos 71 anos, a cidade, a princesinha do Sul do Estado, é uma jovem senhora que precisa lidar com as dicotomias sociais e as incongruências no processo de letramento político-classista”.

Por José Maria da Silva (Zezinho), Direção Executiva do MEP-VR.

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