COVID-19 Mundial

Médicos e biológos ligados ao MEP comentam a pandemia

Miguel Tepedino, médico, junto com Saritha Montrezor, ambos lecionam biologia no Pré-vestibular Cidadão, Fernando Pinto, Doutor em ecologia aplicada e membro da equipe ambiental do MEP, Nathalia Lambert e Ricardo Name, médicos e colaboradores do MEP, a convite do Movimento Ética na Política comentaram sobre a pandemia COVID-19.

Os seus olhares atentaram aos aspectos científicos, e em especial, atenção aos cuidados preventivos para conter os vírus. “O novo coronavírus (SARS-COVI-2), causador da COVID-19, é um vírus zoonótico, ou seja atinge animais, principalmente o morcego, e por mudanças genéticas ocorridas, adquiriu capacidade de parasitar o ser humano. Os sintomas gripais (febre, coriza, tosse, dor de cabeça em alguns pacientes, principalmente acima de 60 anos de idade) provocam pneumonia grave podendo levar a óbito.” – explicou prof. Miguel Tepedino.

Na sequência, como pediatra, alertou :

“A doença atinge crianças de todas as idades, porém com manifestações bem menos graves, raramente levando ao óbito. O vírus não provoca alterações no feto, comprovam estudos científicos até o momento.” E complementou: “A sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o aleitamento materno, desde que a mãe tome os cuidados recomendados, como vacina e isolamento social”. – concluiu Tepedino.

Nathalia Lambert, clínica geral e psiquiatra, por sua vez, além de defender o isolamento social, fez um olhar para os transtornos provocados pela pandemia:

“A pandemia da Covid-19 provoca alterações em todos os aspectos, físicos e psicológicos. Em relação à doença, o isolamento social tem sido, até o momento a nossa principal arma. Contudo, não podemos nos esquecer do aspecto psicológico, pois com a pandemia e o isolamento, aumentam as chances de crises de ansiedade e depressão. Fatores como o medo, preocupação com entes queridos, situação financeira e, até mesmo o próprio isolamento, podem nos levar a esse agravo.” Ressalta Lambert, acrescentando: “Um outro elemento preocupante chama nossa atenção: aumentaram os casos de violência doméstica. Por fim, que a ida aos hospitais sejam apenas em caso de sintomas graves (falta de ar e febre). Façamos higiene mental. É preciso manter uma rotina de hábitos diários e denunciar os casos de abuso.” – orientou a médica, ex-aluna do MEP.

Ricardo Name, médico, destacou a ‘força do vírus’:

“A característica principal deste vírus é a rapidez como é transmitido. A transmissibilidade é extremamente rápida e exponencial.” – explicou. “Preconizo a recomendação da OMS, o isolamento social que é importantíssimo, principalmente para grupo de risco. Não é fácil, sabemos, porém vamos nos reinventando. Vamos procurar ser úteis de alguma forma.” – orientou o experiente reumatologista.

Já o Dr. Fernando Pinto, lembrou:

“As Zoonoses são responsáveis em todo o mundo por 60% das doenças infecciosas e 75% das doenças infecciosas emergentes de acordo com relatório das Nações Unidas de 2016. Tratamentos e pesquisas criados para combater tais doenças são essenciais, porém, tão ou mais importante, é a compreensão dos fatores que levam ao aparecimento dessas doenças.” Disse o ecólogo, acrescentando: “Experimentamos no século XXI uma acelerada transformação dos ecossistemas, impulsionada por atividades humanas – construção de estradas, mineração, agricultura, urbanização – que nos aproxima cada vez mais da vida silvestre facilitando a dispersão de tais patógenos. Pagamos um preço alto pelo desenvolvimento econômico. Devemos pensar em mudanças no comportamento humano, nas cadeias produtivas e no consumo de recursos, compreendendo que a preservação dos ecossistemas e de seus serviços essenciais (água, regulação climática, e biodiversidade) são partes da solução e não do problema.” Alertou o cientista.

Saritha Montrezor, professora de biologia, aponta a complexidade no processo de mutação das células virais e importância da pesquisa:

“Os vírus são seres acelulares, ou seja, não são formado por células. Tecnicamente são, genes móveis que se multiplicam utilizando a maquinaria das células hospedeiras. Isso significa que eles só se multiplicam dentro de células. São extremamente específicos, parasitam somente as células consideradas alvo. O problema, eles têm uma capacidade de se manterem vivos por algum tempo em superfícies, por isso a necessidade de limpeza constante.” Ensinou Saritha, e alertou: “Prevenir o colapso hospitalar com o isolamento, e tempo aos cientistas de todo o mundo para aprofundarem seus estudos. Estamos lutando contra algo novo para a ciência, mesmo com toda tecnologia existente, precisamos de tempo e recursos para estudo.” Concluiu a Saritha.

 

Colaboração: Zezinho.

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1 comentário em “Médicos e biológos ligados ao MEP comentam a pandemia”

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