Coronavirus Volta Redonda Rio de Janeiro

Biológo ligado ao MEP comenta a curva do COVID-19 em Volta Redonda

Saulo Karol Silveira, biólogo, especialista em imagens clínicas e professor licenciado do MEP, teceu considerações analíticas ao ater-se aos gráficos da pandemia do COVID-19 em Volta Redondav.

O professor Saulo de forma bem didática comentou o quadro da covid-19 em VR:

“Primeiro temos que considerar que tudo sobre a doença é novo, os dados são recentes e as pesquisas estão em andamento, daí a quarentena e o isolamento social no momento é o principal remédio”. Afirmou Saulo.

 

“Os gráficos guardam relação clara com tendência mundial, e ao olhar para VR, precisamos atentar também para quadro epistemológico da cidade em relação às doenças pulmonares e a faixa etária sênior da população. Neste contexto lembro ainda, VR herdou e mantem um sistema de saúde que tem atendido bem a crise epidêmica, além de rede privada de saúde. Numa posição muito superior a maioria das cidades brasileiras. A PMVR está tomando as medidas corretas na mesma linha dos governadores e da OMS. Quem destoa é Presidente”. Disse Saulo e continuou: “Contudo, não sou otimista em relação a situação, tende a piorar até que haja o achatamento da curva.” Concluiu o professor.

O ALERTA GERAL

Saulo, de forma bem popular exemplificou:

“Imaginem uma casa com dez pessoas e apenas dois banheiros, todas elas com ‘diarreia intensa’. Se todos precisarem usar o banheiro ao mesmo tempo, não terá banheiro para todos. No caso os banheiros são os respiradores nos hospitais.” Disse o Biólogo, adiantando: “Pode parecer estranho a analogia, porém é o que vai acontecer se sairmos do isolamento social.”

Alertou lembrando o que ocorreu na Itália, agora nos Estados Unidos e Equador. Além disso temos a preocupação de que no inverno aumenta os casos de infarto cardíacos e AVC (acidente vascular cerebral) e pelo qual muitas vezes esses pacientes necessitam de respiradores nas UTI.

O isolamento abrange três etapas importantes: 1) Evitar a contaminação em massa da população; 2) Da tempo para os hospitais se preparem com aquisição de equipamentos e treinamentos específicos para as equipes; 3) Diminuir a ocupação de leitos de UTI por outras patologias como traumas e acidentes pelo qual o número de incidência reduz com o isolamento.

Na finalização falou sobre o uso da hidroxicloroquina e as subnotificações:

“Não sou contra o uso da droga, desde que tenha baseamento técnico e cientifico e seja prescrita por profissional capacitado, no qual um médico. Sabemos que qualquer medicamento pode trazer riscos quando usado sem acompanhamento especifico.” Ponderou Karol.

 

“Quanto a subnotificação, dos 15 países mais atingidos por essa pandemia somos o que menos testamos os pacientes e a população, testamos pouco por falta de kits. Nosso desafio – sermos solidários, prevenir e cuidar dos adoecidos, e claro manter a quarentena.” Finalizou o especialista em Imagens clínicas.

Sigamos em casa.

Colaboração: José Maria da Silva, Zezinho:
Gráfico: elaborado por Davi Souza, conselheiro do Movimento. Acesse pelo link: https://davisouza.dev/coronavirus/

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