No processo democrático, o legislativo municipal em tese, as representações de grupos, segmentos e pessoas, inerentes ao ser humano como gênero, raça/etnia, orientação sexual e deficiência (física, visual, auditiva e intelectual) deveriam configurar o espaço de debates e consensos. A notícia da total ausência de mulheres no mandato de 2021-2024 na Câmara Municipal de Volta Redonda, também de LGBTI+ e portadores de deficiências vem provocando reações em muitas pessoas, em especial das mulheres.
O MEP, atento às manifestações, consultou seus colaboradores para fazer uma avaliação do cenário.
Amanda Mattos, academica de direito na UFF-VR e conselheira no Movimento, disse:
“Fiquei frustrada com essa eleição, eu achei que as coisas seriam diferentes… A falta representatividade das mulheres dói.”
Elisa Andrade, mestra em literatura e professora no Pré-Vestibular Cidadão do MEP, comentou:
“Resultado realmente triste, pois revela uma sociedade machista e pouco crítica. Fecharam-se os olhos para a realidade carente de representatividades variadas. Retrocedemos muito, sem dúvida.”
Doutora em literatura e linguagem, Abigail Ribeiro, avaliou:
“A tradição do pensamento machista, o pouco investimento na educação para que fosse possível uma ampliação dos horizontes associados ao entendimento de mundo, de seus papeis sociais de cada gênero humano, também o crescimento da extrema-direita mundialmente, inclusive no Brasil, isto reflete em Volta Redonda fortemente no legislativo municipal sem nenhuma representação feminina. É uma pena que a sociedade volta-redondense não se disponha a dialogar, e de forma franca, ampla, e principalmente com as mulheres de VR , que seguem sendo comandadas por aqueles que não entendem a sua realidade. Estamos diante de um grande desafio.”
“Machismo em alta. Lamentável.”, Monique Sudário, psicopedagoga.